quinta-feira, 21 de julho de 2011

Redes sociais viram plataforma para o emprego.

Nome, idade, experiências profissionais e referências pessoais não são mais detalhes fundamentais para serem colocados no bom e velho currículo. O “network”, ou apenas contatos profissionais, estão cada vez mais presentes nas redes sociais como fatores determinantes na hora de conseguir um emprego.
A busca por novos trabalhos estão mais presentes nas redes, que tornaram o contato com outros profissionais, principalmente de outras empresas mais constantes. Os interessados passaram a usar plataformas como Twitter, Facebook e LinkedIn para encontrar oportunidades.
Porém, conseguir um emprego através das redes sociais requer algumas estratégias como destaca a especialista em Recursos Humanos, Adriana Queiroz. Conforme ela, essa novidade é uma forma bastante interessante de se conseguir novas oportunidades, mas é importante que o candidato tome algumas atitudes fundamentais para o sucesso da empreitada.
“Como não colocar informações muito pessoais no perfil, assim como detalhes apelativos. O ideal é que os dados sejam mais profissionais. Assim como o círculo de amizades, a depender do objetivo”. Segundo Queiroz, ninguém consegue emprego pelo computador. “Mas através do profissionalismo e principalmente da indicação de outras pessoas que conhecem os candidatos e sabem do comportamento, além do desempenho profissional”, pontua a especialista.
Conforme ela, muitas empresas usam a redes sociais para captar novos funcionários. Por isso, outro destaque da especialista é em relação as fotos postadas em tais sites. “Muita gente faz um álbum particular, com fotos de biquíni por exemplo, o que é bom evitar, pois quem está fazendo a seleção observa tudo, todos os detalhes e o candidato tem que estar atento as isso”, chama atenção a especialista.
A consultora em Recursos Humanos Fernanda Lira destaca que, cada vez mais, as empresas estão buscando novas qualificações e conteúdos. “Como capacidade de comunicação, liderança e organização. O que pode e é observado em sites de redes sociais”, observou ela e acrescentou: “Por isso a referência online está cada vez mais importante. Numa seleção a comunicação online está cada vez mais determinante para se conseguir a vaga almejada”.
Porém, apenas ter contatos não é suficiente. “O ideal, volto a dizer, é a capacidade de comunicação. Número de conexões, compartilhamento de ideias e conteúdos também tem muito peso no momento da decisão final. Por isso, para quem está nas redes sociais em busca de novas oportunidades é interessante dedicar alguns minutos diários com os contatos antigos e buscando novos, assim como verificar os conteúdos mais interessantes e em alguns casos até compartilhar e comentar”, destacou.
Independentemente disso, muitas empresas apostam nas redes sociais, por isso é de fundamental importância que os profissionais, ao se candidatarem para uma vaga não enviem apenas o currículo pela internet. “É importante, que mesmo através das redes
sociais, o interessado procure alguém que trabalhe na referida empresa, para que possa informar alguns detalhes, pois todas elas (empresas), mesmo sendo do mesmo setor, tem algum diferencial”, explica Lira.
Com Twitter e Facebook o administrador de empresas Roni Alencar, 30 anos, diz ter uma seleção severa de amizades na rede. “Quando não é amigo é contato profissional e para falar a verdade tenho até mais contatos profissionais do que amizades propriamente ditas”. De acordo com ele, a rede é usada também para propostas de empregos. “Faço algumas consultorias para empresas e sou encontrado online muitas vezes. Dou dicas pela rede e converso com meus clientes que têm acesso a minha página”, conclui Alencar.

Dicas de como conquistar a vaga no mercado

Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Região Metropolitana de Salvador, 13,8% dos jovens estão com idade entre 18 a 24 anos. Desses, a grande maioria está em busca do primeiro emprego. Mas, “como conseguir o primeiro emprego?” Esse é o questionamento feito por muitos jovens que pretendem ingressar no mercado de trabalho.
Os motivos são diversos e vão desde a necessidade de ajudar os pais com as despesas domésticas ou custear os próprios estudos, buscar um estágio para conseguir na prática o que se aprende nos bancos da faculdade ou cursos técnicos ou buscar a primeira ocupação depois de já formado, o que se torna ainda mais penosa a conquista. Neste caso, observa-se que o diploma não é basicamente o passaporte para se ingressar no mercado.
Incertezas, dúvidas e inseguranças tomam conta desta busca inicial, mas segundo a diretora de comunicação e eventos da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH/BA), Margot Azevedo, algumas dicas fazem com que a conquista se torne mais prazerosa e menos dolorosa. Se for estágio é importante que o candidato preste atenção para alguns itens básicos. “Esse é o momento de troca de experiências e aprendizagem”, disse a diretora.
Conforme ela é fundamental ainda que se avalie a empresa que está ingressando. “Verificar se a atuação está sendo na área que está estudando”. De acordo com ela, essa primeira fase também é o momento de adaptação entre o jovem profissional e o mercado de trabalho. “Por isso é importante que o estágio aconteça em torno do 6º semestre de faculdade, período inclusive indicado pelas instituições que devem acompanhar esse momento, dando suporte ao candidato”, explicou ela.Outro destaque, conforme a profissional, é a busca pelo primeiro emprego para ajudar a família com os gastos dos estudos. “O que acontece com frequencia. Nesses casos, é importante que se observe também a área a ser atuada. Sempre é bom que procure áreas relacionadas e afins àquela que está sendo cursada, para que não se destoar da carreira logo no início”.

A escolha da empresa

Segundo Azevedo, para que isso não aconteça o candidato deve escolher bem a empresa em que vai iniciar o primeiro trabalho. “Mesmo que a atuação não seja na mesma área daquilo que se está cursando, ele (candidato) deve observar a possibilidade de crescimento e migração para aquilo que ele está estudando, desde a faculdade”. A profissional acrescenta ainda que o importante é que o estudante trace uma meta para as conquistas.
Formada a cinco anos, a jornalista Lara Figueiredo, 31 anos, continua trabalhando como vendedora. “Os estágios que eu conseguia não eram remunerados e por isso, erroneamente eu achava que não valiam a pena. Depois de tanto tempo concluído o terceiro grau percebo que estou a cada dia mais longe da minha carreira. Dediquei tempo e dinheiro a ela, mas esqueci a prática”, disse ela que pretende fazer um curso de especialização. “Com a especialização espero conhecer mais pessoas na minha área e pleitear um emprego. Já até consegui alguns, mas os empregadores sempre perguntam sobre experiências, já que sou formada, mas sem ter tido nenhum estágio não consigo uma colocação no mercado”, desabada Figueiredo.
Voluntariado – A diretora destaca para a importância de outras formas de se ingressar no mercado de trabalho, como o voluntariado. “A cada dia as empresas valorizam ainda mais o trabalho voluntário." Conforme ela, esse pode ser o trampolim para o ingresso na tão sonhada carreira profissional.

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